domingo, 21 de junho de 2009

Dói ausente o momento - VII

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que dói
A outra que vive.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que vibra
A outra que ecoa.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que sorri
A outra que se desculpa.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que marca pegadas
A outra, passos.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que chora
A outra também.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que verte solidão
A outra, lágrimas.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que pinta
A outra que sente.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que grava
A outra que filma.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que dói
A outra também.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que se aquece
A outra que se apaga.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que sente falta
A outra que se farta.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma de ferro
A outra de aço.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma transparente
A outra de vidro.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que bate no muro
A outra que o atravessa.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que fala
A outra que cala.

Dói ausente o momento
Em duas almas
Uma que liga
A outra que se desliga.

Dói ausente o momento
Ao sol, despreocupado
Pois dói sem dor.

2 comentários:

  1. Victor.. você retratou muito bem os
    (des)encontros das almas... ficou lindo, tocante, enfim... Parabéns, Minero!!
    um beijo da Gi.

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  2. Dói ausente o momento...

    Não se ausente tanto, é muito bom ler seus escritos...
    Beijo na alma.

    Rosangela.

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